Creative Commons é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 2001, que procura complementar a copyright.
As leis de direitos autorais não são iguais em todos os países, na maioria dos países, simplemente terminar em um meio tangível de expressão uma obra ou trabalho (visual, sonora, literária, científica, entre outros) tornando-se o autor, em dono total do trabalho e tambén de qualquer forma de publicação, exibição, reprodução, distribuição, etc.
Contudo, e como eu se desenvolveu no post anterior a internet é muito mais rápida e pode por sua própria natureza, quebrar esse poder absoluto que é o copyright. E este é o ponto de partida de Creative Commons, que com seu conceito de copyleft, deixa abertos alguns direitos para o público em geral. Então, esta organização tem desenvolvido uma série de licenças que permitem que os artistas deixem seus trabalhos abertos ao público em geral, até onde eles quizer.
Creative Commons tem quatro funções básicas aplicadas em seis tipos de licenças, claro que estas licenças são para o público em geral, não para o autor que detém todos os direitos.
1. Atribuição (Attribution): Requerem que seja dado crédito ao autor, da forma por eles especificada.
2. Uso Não Comercial (Non Commercial): As obras podem ser utilizadas somente para fins não comerciais.
3. Não à Obras Derivadas (No Derivate Works): Não e possível o desenvolvimento de obras derivadas.
4. Compartilhamento pela mesma Licença (Share alike): Você pode permitir que outras pessoas distribuam obras derivadas somente sob uma licença idêntica à licença que rege sua obra.
O uso dessas licenças é mundial e livre; e as como redes P2P, o que procuram é promover uma abertura para o conhecimento global, onde as pessoas poderão têm acesso a qualquer tipo de obra ou publicações, para assistir-as, copiar-as, reproducir-as e também fazer obras derivadas. O que se pretende é democratizar o conhecimento, atingindo a um público mais amplo, deixando afora as proibições sobre o material cultural.
Então pode-se pensar que o negócio dos cantores, escritores, produtores, entre outros, mudaria porque deixando aberta a utilização para domínio público, não receberão uma compensação financeira pelo trabalho, mas não tem que ser assim, pelo contrário:
Lembre-se que algum tempo atrás, a banda norte-americana Nine Inch Nails saco seu álbum "Ghosts I-IV", para este e para o seu próximo álbum "The Slip", eles usaram as licenças Creative Commons permitindo que seus seguidores fazam obras derivadas de suas canções ou música. Em seu site, na parte dos "The Slip" diz: "the slip is licensed under a creative commons attribution non-commercial share alike license. We encourage you to remix it, share it with your friends, post it on your blog, play it on your podcast, give it to strangers, etc."
Ambos álbuns podem ser baixados gratuitamente ou pelo menos parte dos seus temas, também podem ser comprados digitalmente, e têm versões de luxo em CD e acetato. Esta nova metodologia não significou uma queda nas vendas, pelo contrário, são tantos os seguidores da banda que os downloads, as compras digitais e físicas, e os concertos da banda estão esgotados.
Os Creative Commons permitem ver na internet, e a produção cultural desde um novo ponto de vista, gerando novas relações com o usuário e também novas oportunidades de negócio, fornecendo soluções para o problema da pirataria cultural na Internet.
Em meu próximo post falarei da situação atual de Creative Commons em Colômbia e Brasil, e algumas iniciativas, movimentos e comunidades que surgiram destas idéias e a utilização destas licenças.
Tchau!
No hay comentarios:
Publicar un comentario