martes, marzo 27

Tablets, e-books e suas maravilhas artísticas

Experimentos, invenções e avanços da tecnologia há muito tempo têm permitido o desenvolvimento das artes. Tomemos o cinema como exemplo, que nasceu com as invenções dos Irmãos Lumière na França e do Edison nos EUA, que deram a possibilidade de guardar ou registrar as imagens em movimento. Daí pra frente, todo tipo de novidade e avanço tem acontecido: o som sincronizado, os filmes coloridos, e o vídeo.


E agora, com o desenvolvimento de novos aparelhos como os tablets e os e-books, estão nascendo novas possibilidades artísticas. Alguns produtos convencionais já estão sendo permeados pelas novidades. Vejamos alguns exemplos:

The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore

Inicialmente um curta-metragem de animação, que mistura diferentes técnicas com um resultado ótimo e um visual (cores, composições e assim por diante) bastante detalhado, é um trabalho de muita qualidade. O curta-metragem acabou virando um aplicativo, de interatividade bem planejada, que permite aos usuários muita diversão. O curta tem ganhado varios prêmios (entre eles o Siggraph e  o Annecy) e o aplicativo foi elogiado pela imprensa. Clique aqui para saber mais.





Toy Story
Aqui não tenho que falar da origem do aplicativo, porque todos vocês já conhecem os filmes. O aplicativo conta com interatividade muito bacana para as crianças: inclui jogos, atividades, histórias para escutar ou ler, sons e músicas. E outra coisa bacana é que é gratuito. Então fica a pergunta: por que a Disney-Pixar faria um aplicativo do filme, de graça? O que ganham com isso?





Our Choice 


  


É o livro do ex-candidato à presidência dos EUA, Al Gore, que fala sobre as mudanças climáticas, e oferece soluções. “We can solve the climate crisis. It will be hard, to be sure, but if we choose to solve it, I have no doubt whatsoever that we can and will succeed.” (Ou, em uma livre tradução: “Podemos resolver a crise climática. Vai ser difícil, com certeza, mas se optarmos por resolvê-la, não tenho dúvida de que podemos e de que teremos sucesso”). O aplicativo do livro tem um documentario, além de imagens, entrevistas e infográficos que você pode acesar sem perder o ritmo da leitura.


Alguns textos clássicos que viraram e-books bacanas são Alice no País das Maravilhas e Pé na Estrada, além de textos brasileiros como O Menino Maluquinho, de Ziraldo, e A Menina do Narizinho Arrebitado entre outras obras de Monteiro Lobato. Agora também grandes produtoras de cinema como Warner Bros estão topando vender aplicativos de seus filmes. Os aplicativos contem fotos, imagens e gravações de bastidores, músicas, além do próprio filme. Aqui um exemplo com The Dark Knight (Batman: O Cavaleiro das Trevas)





Mas, na verdade, o grande desafio é a criação de novos produtos para este tipo de tecnologia. Assim, os artistas ou produtores precisarão pensar em criar conteúdo que não se limite a uma atividade, seja música, textos, fotografia, games ou vídeo, mas um conteúdo que envolva tudo isso e até mais. Com certeza os custos podem ser maiores, mas o resultado além de maravilhoso, permite uma experiência diferente para o leitor/espectador e dá um conteúdo mais completo.


Matéria para FalaCultura, setembro 2011

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